O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que não deve haver hesitação diante do quadro político atual de radicalização por parte do presidente da República Jair Bolsonaro.
“Diante de certo quadro político a gente não pode titubear, não pode ter meio-termo, ou você está de um lado ou de outro. Bolsonaro fez questão de ideologizar e de radicalizar na campanha e agora no governo”, afirmou Siqueira, na noite desta sexta-feira (18), durante a abertura do Encontro Nacional dos Secretários Estaduais do Movimento Popular Socialista (MPS). O encontro, realizado no Núcleo Bandeirante, no Distrito Federal, foi coordenado pelo secretário nacional do MPS, Acilino Ribeiro, e contou com a presença de socialistas de todos os Estados brasileiros.
“Devemos ter muita firmeza neste momento”, sustentou.
Segundo Siqueira, o presidente fez aflorar na sociedade brasileira os “instintos mais primitivos, o ódio, o preconceito, tudo de ruim abafado pelo avanço civilizatório do processo democrático de 34 anos ele fez aflorar”.
Aos secretários do MPS, Siqueira falou ainda sobre a importância do trabalho de formação de líderes partidários e da organização do MPS em cada município do país para a defesa das bandeiras históricas do partido. “Estamos vivendo o maior retrocesso já observado desde a Proclamação da República e, no entanto, não podemos desanimar. Nós sabemos que a histórica é assim, a história tem avanços duradouros, mas também retrocessos monumentais. E depois ela roda e a gente volta novamente ao progresso, que é o destino da humanidade”, afirmou.
O presidente também analisou períodos históricos do país, destacando, por exemplo, o papel desempenhado pelo ex-presidente Getúlio Vargas e suas realizações que representaram avanços econômicos e sociais decisivos para o futuro do Brasil.
“Nós somos a nossa história, do ponto de vista pessoal, cada um hoje é o resultado do que fez em sua vida, e será o que fará até o fim dela, e como povo, somos a história que construímos, através das nossas lideranças”, disse, citando frase do escritor argentino Jorge Luís Borges.
Siqueira disse que a direita, como neste momento, “sempre promete mudanças pra trás” e que, ao contrário, a esquerda persegue ao longo da história um avanço civilizatório, combatendo o atraso.
“Apesar de todos os equívocos, a história da esquerda foi sempre no sentido do progresso e da humanidade, é o fim da escravidão, o fim do preconceito, a participação das mulheres, o crescimento econômico com justiça social, o respeito ao trabalho, o equilíbrio entre capital e trabalho”, resumiu.
Neste momento, no Brasil, a tarefa de todo socialista é defender a democracia brasileira e suas conquistas das ameaças empreendidas pelo presidente Bolsonaro e seus apoiadores.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional