Em meio à maior crise de sua história, a Petrobras anunciou uma demissão em massa. A estatal lançou um plano de incentivo ao desligamento de funcionários, e 8.298 trabalhadores, entre eles, os com mais de 55 anos, acertaram sua demissão, que irá ocorrer de forma escalonada. A empresa estima que até o final do ano, 55% destes funcionários estarão desempregados.
A medida foi tomada para conter gastos, mas não ocorre de forma planejada e, sim, em caráter emergencial. Nos últimos anos, o valor da empresa vem caindo a cada dia. Além dos escândalos administrativos que ganham os jornais, a Petrobras perde dinheiro continuamente com a venda de combustíveis, pois o preço desses produtos está sendo represado pelo governo federal para tentar conter a inflação, algo que até agora não vem dando resultados.
A importância de se apurar o que vem acontecendo com a empresa, que já foi um símbolo do Brasil, em sua administração é enorme. A Petrobras é uma empresa reconhecida internacionalmente, e precisa ser separada dos erros de sua gestão.
É preciso resgatar não somente a confiança dos brasileiros na maior estatal do Brasil, como também a paixão de seus funcionários pela empresa. E isso só acontecerá quando a Petrobras deixar de fazer parte de um jogo político. Ela pertence ao Brasil e ao povo brasileiro, e não a um governo ou um partido.
A Federação Única dos Petroleiros já externou sua preocupação com o ocorrido, ressaltando que a empresa tem o dever de repor estas vagas por meio de concursos públicos. Enquanto isso não acontece, o governo aumentou em oito mil o número de desempregados para tentar tapar o ralo financeiro daquela que já foi a maior estatal do país.