A Comissão da Executiva Nacional (CEN) do Partido Socialista Brasileiro realizou sua primeira reunião oficial do ano para discutir o planejamento do PSB e aprovar o documento sobre a Conjuntura Política Nacional. O encontro aconteceu nesta quinta-feira (05) na Sede do Partido, em Brasília-DF.
A pauta da reunião foi dividida em temas como a Conjuntura Política do Brasil, Reforma Política e o Planejamento Estratégico de 2015 – 2018.
Carlos Siqueira, presidente Nacional do PSB, abriu a reunião agradecendo a presença de todos, explicando a falta de Paulo Câmara, governador de Pernambuco – que está no México para receber um prêmio pelo projeto pernambucano Mãe Coruja – e Ricardo Coutinho, governador da Paraíba – que fez uma cirurgia e não pode comparecer.
Sobre o Planejamento Estratégico, Siqueira lembrou que há quatro anos a Executiva Nacional promoveu, com Eduardo Campos na presidência, o projeto a ser seguido entre 2010 e 2014. “Todas as solicitações ali apresentadas foram alcançadas pelo PSB, exceto a continuidade da candidatura de Eduardo como presidente do Brasil”, explicou.
Os encontros, para o Planejamento Estratégico de 2015 – 2018, já foram agendados e apresentados, juntamente com a programação completa.Haverá encontros com Oficinas Estratégicas para definir a visão futura do Partido até o ano de 2018. O primeiro evento, no dia 20 de março, será com parlamentares e a Executiva, depois com os presidentes estaduais (27/03). A terceira reunião (10/04) será com os filiados e simpatizantes do PSB. Haverá também, no dia 24 de abril, uma oficina voltada para aqueles não filiados, com o objetivo de ouvir e perceber o que as pessoas que não tem vínculo algum com partido político veem o PSB e esperam dos socialistas.com os movimentos sociais. Para completar o ciclo de reuniões, será realizada no dia 08 de maio, a oficina composta pelos representantes dos seis movimentos sociais do PSB: Juventude, Negritude, Sindicalismo, Mulheres, Popular e LGBT.
“Este planejamento dará uma grande ajuda para o Partido caminhar sabendo para onde quer ir. Porque como dizia nosso amigo Eduardo, ‘Não há vento bom pra quem não sabe para onde quer ir’. Nós queremos saber e queremos saber profissionalmente, cientificamente, o que pode nos ajudar nessa caminhada”, disse Carlos Siqueira.
A entrega de sistematização do Planejamento Estratégico do PSB 2015 -2018 será até o dia 31 de maio.
PSB e a Conjuntura Política Nacional
O tema central da reunião foi a avaliação da conjuntura política nacional e um posicionamento do PSB frente a essa conjuntura. Carlos Siqueira redigiu e apresentou o documento “O PSB e a Conjuntura Política Nacional”, sobre a posição do Partido na atual situação da política brasileira. O documento foi analisado, discutido ponto a ponto e aprovado por unanimidade. (Para conferir a íntegra da Resolução clique aqui)
“Agradeço a todos os colegas pela avaliação positiva do documento como também pelas contribuições que foram acrescentadas na resolução”, disse Carlos Siqueira.
Os dirigentes socialistas ressaltaram no documento que o atual governo vive um conjunto de crises. “São crises em todas as áreas: econômica, política, energética, hídrica, ética e federativa. E frente a tudo isso, o governo ainda segue com a baixa vocação para o diálogo”, explicou o presidente socialista.
Vários membros da Comissão da Executiva Nacional destacaram que o atual período do Brasil é uma das, senão a pior crise já enfrentada. Como destacado na reunião, ela afeta a sociedade, desde o trabalhador até as grandes empresas.
“Antes havia emprego, hoje há crise em todos os setores”, avaliou Beto Albuquerque, vice-presidente Nacional de Relações Governamentais.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, disse que o PSB é um dos poucos partidos, senão o único, pelo seu histórico, de ter um diálogo com todos os lados políticos e da sociedade. “Vamos viver momentos muito difíceis. Portanto, é preciso dialogar com a força social e política para chegar a uma conclusão de como o país vai chegar a normalidade”.
Reforma Política
Durante a reunião também foi colocada em pauta a questão da Reforma Política, em que o PSB defende sete pontos distintos. A discussão ficou em volta dos assuntos como financiamento de campanha, reeleição e a crise política e eleitoral que o país está vivendo.
“Definimos como orientação para bancada a questão da unificação do calendário eleitoral com eleições em um único ano, o financiamento misto de campanha com contribuição pública e de pessoas físicas, o fim das coligações partidárias e uma cláusula de desempenho de 5% para enxugar o número de partidos”, resumiu Carlos Siqueira.